Ontem (05 de setembro) foi comemorado o dia da Amazônia, infelizmente não pude postar nada devido vários problemas de técnicos. Para tentar corrigir o equívoco, publico um relatório de uma encontro denominado " XI ENCONTRO VERDE DAS AMÉRICAS" que participei durante três dias.
O XI Encontro Verde das Américas aconteceu em Brasília, nas
dependências do Museu Nacional nos dias 20, 21 e 22 de setembro de 2011,
alicerçado no tema “Em busca de soluções”, desencadeou uma série de discussões
sobre a questão do meio ambiente contando com a presença de autoridades
nacionais e internacionais, especialistas nos mais diversos assuntos referentes
aos problemas na relação homem-natureza, representantes da Igreja Católica, da
comunidade indígena, estudantes, etc...
Num mundo cada vez mais quente, cada vez mais seco, cada vez mais
faminto, cada vez mais dependente de combustíveis fósseis, além de outras
muitas deficiências, faz-se necessária a realização debates entre cientistas,
representantes do Estado e da sociedade em geral para avaliarmos o que vemos
fazendo ao longo de centenas de anos com a nossa Terra. Retiramos dela tudo aquilo que precisamos
desde os primórdios de nossa existência, mas agora chegamos a um nível de
exploração perigoso que ameaça a nossa sobrevivência, assim como a existência
do Planeta Terra.
No encontro, foram discutidos temas voltados para a preservação do
Cerrado, que é um bioma muito importante para o Brasil por abrigar as nascentes
de três das maiores bacias hidrográficas do país, por estar localizado sobre o Aqüífero
Guarany, por possuir um terço da biodiversidade brasileira e por estar ameaçado
pelo avanço da agricultura para o plantio de soja , avanço da pecuária,
derrubada da vegetação para produção do carvão vegetal, além de outras ações
agressivas.
O problema do abastecimento de água no mundo foi muito discutido, pois
a possibilidade de faltar água potável na Terra em poucos anos é real e em
alguns países a falta d’água já existe. O grande desafio é tornar as pessoas
conscientes sobre o problema. Foram propostas ações para evitar o desperdício
de água, ações que todos sabem, mas não o fazem, ações simples que não custam
nada, como desligar uma torneira enquanto se escova os dentes, por exemplo. Há
outros problemas como a contaminação de rios, igarapés, nascentes, lagos ,
lagoas e etc... com esgoto sem tratamento despejado diretamente sobre eles, com
agrotóxicos oriundos da agricultura, com lixo, com vazamento de resíduos
tóxicos de industrias e muitos outros que agravam o problema.
Houve discussões sobre a questão do consumo que está muito alto e a
produção que também alcança um nível
nunca antes visto pela humanidade, um nível que está além da capacidade de
reposição pela natureza que já não tem
como repor o que se retira e se houver essa reposição, só será em idade
geológica, ou seja, milhões de anos. Um outro problema relacionado ao consumo é
a produção de lixo que é absurdamente sem controle, muitos países estão
operando com capacidade máxima para o processamento do lixo produzido. A solução para a maioria desse lixo que se
produz sem parar é a reciclagem, pois materiais descartados por uma pessoa,
pode servir de meio de sustento para outra, além de contribuir com o meio
ambiente, ajuda a diminuir a quantidade
de lixo que vai ser jogada nos lixões ou outro destino mais moderno.
Campanha do dia da àrvore Foto: Amazonas Sustentável
A energia não ficou de fora das discussões, especialistas debateram o
desafio de gerar energia limpa sem
agredir o meio natural e ao mesmo tempo promovendo a melhoria da qualidade de
vida dos moradores da região onde os projetos serão implantados. A situação da
hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, foi bastante explorada, mostrou-se o
lado dos índios representados por Marcos Terena (líder indígena) e o lado do
governo, através de um diretor da Eletrobrás( empresa estatal da área de
energia elétrica). Outra questão relacionada à
energia foi a situação da produção de etanol e seu reflexo no meio
ambiente e na economia do país. A situação da descoberta do pré-sal no tocante
ao petróleo também entrou na pauta. O uso de energias limpas como na Embaixada
italiana em Brasília que é totalmente ecológica, pois utiliza painéis solares
para gerar eletricidade, além de usar um sistema ecológico para tratamento do
esgoto nas dependências da Embaixada.
As mudanças
climáticas que perigosamente levam o planeta ao caos, por derreter as calotas
polares, aumentar o nível dos oceanos, provocar chuvas fortes e tempestades
violentas em um lugar e seca em outro, também dominaram as rodas de debates. Poluímos muito o ar, com uso indiscriminado de
automóveis movidos a combustível fóssil que produzem o CO2 (dióxido de
carbono), nossas fábricas lançam toneladas de gases venenosos na atmosfera a
cada segundo e muitas outras formas de poluição acontecem. O mundo entrou em
estado de alerta devido às constantes agressões feitas pelo homem ao meio
natural. Derrubamos florestas para formação de pastagem, agricultura,
construção de cidades, hidrelétricas, estradas etc.. e não nos preocupamos com
toda a vida animal que existia ali antes de derrubarmos. Não paramos para
pensar que uma ação nossa aqui, reflete em todo o planeta, pois o planeta é
interligado. Nosso desejo por consumir, por produzir, por adquirir capital, vai
nos levar a destruição se nada de concreto for feito imediatamente, a começar
pela educação e outra medida seria nos incluirmos como parte da natureza também, para termos a visão de que
se fazemos mal a natureza, consequentemente estaremos fazendo mal a nós mesmos.
Um evento desse porte é uma fonte de informações
valiosa, pois reúne em um mesmo lugar especialistas de diversas áreas com
ações voltadas para o meio ambiente e estes, compartilham seus pensamentos,
seus projetos e suas preocupações com todos os presentes. É uma oportunidade
para nos interar a respeito daquilo que só ouvíamos falar e agora podemos
aprender com quem realmente entende do assunto. Certamente com as lições
captadas em um encontro como este, nossa mente se abre, nosso peito se enche de
responsabilidade, pois a partir do momento
que você comprova que o planeta onde vivemos corre o risco de deixar de
existir por nossa culpa, nos faz repensar nossas ações e se começarmos a mudar
nossos hábitos em prol de uma natureza sadia, cedo ou tarde chamaremos a
atenção de nosso vizinho, nossa rua, bairro, cidade, país e quem sabe, do
mundo. Basta acreditarmos, nos educarmos, pararmos de agredir àquela que sempre
nos deu tudo e não pediu nada em troca. Agora é nossa vez de retribuir tudo o que
nos foi oferecido, é tempo de dar atenção especial, carinho e tudo o que for possível
para frearmos as ações sem controle que estão por determinar o fim do planeta.
De fato, caro JJ castro, a Natureza está coma carga pesada, muito dificil de mover...Parabéns pela iniciativa louvável!
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